Demências no idoso

Demências na pessoa idosa

As demências representam hoje um grande problema de saúde pública e envolvem um grupo de doenças que afetam o cérebro de forma progressiva, e, na maioria das vezes, irreversível. São mais prevalentes em idosos e associam-se a incapacidade cognitiva, declínio funcional e dependência. Dentro do grupo das demências, a mais comum é a Doença de Alzheimer, estando presente em torno de 60% dos casos.

Muitos fatores associam-se a causa das demências, e embora exista contribuição genética em alguns casos, 35% destes fatores são modificáveis e envolvem condições as quais os indivíduos são expostos ao longo da vida. Atualmente são considerados como  principais fatores de risco modificáveis para o desenvolvimento de demências a baixa escolaridade, hipertensão, obesidade, déficit auditivo, tabagismo, sedentarismo, depressão, diabetes e isolamento social.

Alguns mitos disseminados como “esquecer é normal da idade” ou “todo idoso fica esquecido” podem dificultar o diagnóstico das demências que deve ser realizado da forma mais precoce possível. Nem sempre as demências se manifestam com a perda de memória, podendo manifestar-se também através de mudanças de comportamento, humor, menor atenção e dificuldade no planejamento e realização de atividades cotidianas.

O diagnóstico das demências é complexo e envolve acompanhamento médico e neuropsicológico, entretanto, quanto antes o diagnóstico acontecer, melhores serão as perspectivas de tratamento, prognóstico e de garantia de  autonomia, independência e dignidade ao paciente.

Embora o processo neurodegenerativo afete as funções cerebrais, existe com o avanço do quadro, maiores chances de prejuízo na capacidade funcional. O idoso deixa de realizar atividades de forma independente e segura, expondo-o a situações adversas, aumentando o risco para dependência, quedas e hospitalização.

Diante desta condição, é fundamental o acompanhamento multidisciplinar, especializado e individual para que sejam estabelecidas e garantidas as melhores possibilidades de cuidado, para o idoso. A fisioterapia gerontológica ganha destaque neste cenário, uma vez que contribui com maiores níveis de independência para realização das atividades de vida diária, proporcionando maior segurança e bem estar ao paciente e família.